segunda-feira, julho 13, 2009

Não se deixe enganar, pois, adversário é diferente de inimigo e cada um tem de ser tratado com a sua cautela.


Não trate adversários como inimigos, é erro fatal de tratar inimigos como meros adversários: os primeiros poderão acabar tornando-se inimigos e os segundos sempre serão inimigos e com uma diferença primordial; ativos ou menos ativos, mas sempre prontos para detonar!

Sempre teremos adversários e estes podem até ser leais. Adversários, entretanto mudam com o tempo e as circunstâncias, são conjunturais. O adversário de hoje pode ser o aliado de amanhã.

Com adversários às vezes temos embates violentos e de nível. Pode envolver ataques, acusações e hostilidade. Adversários, são as pessoas ou grupos, que divergem, mas uma coisa é certa, não existe ódio. O que distingue o conflito entre adversários e entre inimigos é a presença do ódio como fator dominante, e sendo a motivação principal.

O ódio é pessoal! É definitivo, irreversível e irracional. É sentimento que lança raízes no plano mais íntimo da individualidade das pessoas. Seu objetivo real muitas vezes não reconhecido é a eliminação completa do inimigo. A eliminação pode ser no campo da vida política, da vida social, econômica, profissional, e, no limite, o próprio desejo da morte física.

O conflito dentro de limites que respeitem os direitos dos cidadãos torna o conflito político previsível, limitado e, por consequência, legítimo. A política, pela forma pública que esta assume, é um campo de atividades, onde proliferam adversários e inimigos. Só não tem adversário, nem se expõe a criar inimigos, quem é politicamente inofensivo. E este certamente não as urnas em momento algum. Quem tem ambição e luta por seus objetivos, por certo terá adversário, e talvez, ao longo da carreira, inimigos e estes são os piores, pois, não medem as consequências e estão sempre alimentando-se do ódio e vigiando algum tropeço!


Com os adversários não é preciso gastar tempo para analisá-los. São participantes do jogo da política democrática, são competidores, por vezes duros e até desleais, mas o que desejam é vencer a eleição, assumir o poder, e ocupar os cargos. É jogo por se dizer limpo. É página virada depois das eleições. Dá o flanco e podemos vislumbrar a sua silhueta e temos a certeza, que não há a necessidade de ataque.

Em razões da inimizade pessoal, que é movida pelo ódio tem um desejo de destruição que são características dos inimigos. O adversário contenta-se em somente vangloriar com o gosto doce da vitória. O inimigo, ao contrário, só encontra paz destruindo ao sabor do fel. Ele persegue com ódio e deixa até de defender-se dos ataques por outros lados. Persiste no erro do excesso da vaidade, que é geralmente o nascedouro de tudo!

As grandes inimizades, que geralmente o povo desconhece os motivos são eivadas de vícios da especulação. Na política, no entanto, ela é travestida de motivos nobres e elevados, para poder se justificar perante a opinião pública. Assim, a inimizade pessoal, quando se exterioriza na política, assume convenientemente a forma de um conflito político. É preciso, pois, saber distinguir com clareza a hostilidade política da inimizade pessoal camuflada de argumentos políticos.

As desavenças, de cunho político e com reservas pessoais serão somente tratadas de forma política, embora saiba que a razão e motivação seja pessoal. Ter que lidar com um imbróglio, de cunho estritamente pessoal, e ter de fazer de conta, que é um conflito político, é encolerizante, psicologicamente custoso, além de complexo estrategicamente.

A sensação de sentir-se vigiado, perseguido, acuado, sabendo que, diante do menor erro que cometer e mesmo sabendo, que não houve nenhum deslize o inimigo estará pronto para explorá-lo de forma impiedosa.

O pior de tudo isso é de ter de viver com consciência de que seu inimigo, para fazer-lhe mal, é capaz de agir contra seu próprio interesse pessoal, empresarial e político. Em sendo um inimigo duro e sem volta, cujas razões são de ordem pessoal, pouco ou nada tem a perder, já que seu real objetivo é destruí-lo. Esta é a feição do inimigo que se deve evitar. Não existe inimigo inofensivo.


Adversários você pode até mudar, e transformá-los em novos amigos. Inimigos nunca. Inimigo não se pode mudar. A melhor política com eles é mantê-los à distância, isolá-los e retirar-lhes o espaço de manobra. Estas cautelas são necessárias porque os inimigos nunca esquecem e estão sempre a espreita como se fosse a caçada do momento. Mas de tudo isso só tiro a conclusão, que DEUS em sua eterna sapiência vem abrandando os corações e dando as chances necessárias, para que os nossos inimigos passe a ser simplesmente adversário, que é uma sensatez do bem para com o mal.

Bruno Calil Fonseca é vice prefeito de Itaberaío-GO, 2.009 a 2.012.

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