terça-feira, julho 21, 2009

ALGUMAS PONDERAÇÕES, QUE FAÇO AO AMIGO.


Na arte da política é importante a ostentação da presença e via de regra com bom humor e o carisma aflorando. Como político, líder, e com a autoridade adquirida pelo voto popular, adquire-se convicção da necessidade de estar sempre como vitrine e a mostra.

A presença da autoridade política ou mesmo a ausência são procedimentos adotados no dia a dia de nossas vidas. Mesmo no reduto familiar, social, afetiva, profissional, e também, como é inequívoco, na política. Quantas vezes já lamentamos por estar ausente numa oportunidade em que deveria ter estado presente, ou mesmo se arrependeu de estar presente numa ocasião em que deveria não ter ido.

A disposição de ir ou não ir pode prova uma escolha boa ou ruim. De qualquer modo somente depois poderemos saber ao certo a nossa escolha e esta disposição de ir ou não pode trazer ônus ou bônus.

Isto vale na vida em todos os sentidos da presença ou ausência, mesmo em nossas relações afetivas. Mas na política indubitavelmente é a relação de maior atenção nossa e ponderamos com mais presteza as nossas experiências do dia a dia.

O ser humano como bom político que é observa os fatos e aceita muitos convites e se faz presente com a imensa e nefasta opinião, que estaria minando o adversário com a sua presença.

Uma autoridade pública somente o é em público. Além disso, sua presença é sempre requisitada, ou, pelo menos, muito esperada e sempre observada.

Sobre a visibilidade penso da seguinte forma: a presença da autoridade e a visibilidade que ela deve desejar obedecem a uma das leis das novenas, ou melhor, das festas religiosas, que são como as leis do circo. As ladainhas são as mesmas sempre. Só muda o lugar o público é o mesmo. É como se fosse assim o artista não muda o seu numero, ele muda é o público.

Deste modo explica-se porque o circo é nômade, fazendo temporadas curtas em cada cidade que se instala. Desta feita enquanto o chefe político estiver mudando seu público, não haverá restrição nenhuma a se fazer presente aos inúmeros convites festivos e causar a sua visibilidade.

A visibilidade em um único público ocasiona dissabores e o efeito contrário certamente virá. Chegando ao ponto de quanto mais você é visto e comentado, mais o seu valor se avilta e como moeda fácil perde o seu valor.

Transformando-se em hábito, na certeza, e evidente presença torna-se totalmente previsível. Para quem o percebe desta forma, você passa a ser menos importante, deixa de ser uma atração e arrisca-se a ficar no limite da vulgaridade. A exposição excessiva reduz o valor da pessoa, estimula a familiaridade e cria oportunidade para a ocorrência de situações inconvenientes. Nesta situação não importa o quanto você tenta mostrar-se diferente.

Assim de uma maneira silente e sutil, sem que você perceba a razão, as pessoas o admiram e respeitam cada vez menos. Cada vez menos lhe dão a atenção que você estava acostumado a receber, pois, era incerto e difícil de ser encontrado... é bom lembrar sempre que muito mais importante do que sua presença ser percebida, é a sua ausência não ser notada e sentida pelos eleitores dos políticos, fiéis da novenas, torcedores do futebol enfim pela grei, que aplaude e vaia.

Sobre o fato que, removidos o mistério e a imprevisibilidade, do político perde-se a admiração, a autoridade, e a estima. É uma dinâmica cruel. As pessoas, diante de uma autoridade, buscam de todas as formas se aproximarem, para conviver, conhecer se possível, tornarem-se íntimas.

Existe um processo, que deve ser conhecido é o da destruição da imagem. Na medida em que você se permite ser tratado como os outros, tornar-se familiar, próximo e previsível, você está sendo destruído. Destruído e com a imagem de comum você não é mais necessário, não tem mais atrativos.

Evite isto aprendendo a administrar as suas ausências, para valorizar-se, manter a distância e o respeito, preservar a sua capacidade de surpreender e proteger com a sua aura misteriosa e inatingível.

A ausência é necessária e benéfica na maioria das vezes, mas tem de ser notada. É necessário que reclamem a sua presença. As vezes uma calculada e completa ausência por algum tempo maior, pode ter um bom efeito, que somente se percebe na devida medida, quando se reaparece. Não esqueça que muito mais importante do que sua presença ser percebida, é a sua ausência não ser sentida. Lembre-se sempre da imprevisibilidade.

Mas é importante também dosar a lei da presença e ausência, pois, pode ser uma faca de dois gumes e ser extremamente prejudicial em princípio de carreira política onde é necessária a aparição marcante e efusiva por vezes.

Razões no assiste no sentido de administrar, com inteligência e sutileza, o seu arquétipo de presenças e ausências. Nada é pior para um líder, uma autoridade ou um político do que o sentimento de que ele está velho no tempo e desgastado pela excessiva aparição pública e que seu tempo já passou e que ele já devia ter dado seu lugar a outros.

Isto serve não só aos expert da política, mas também as pessoas comuns, bem como para o advogado, empresário e as moças, que buscam um pretendente, que deve ser buscado e não com ânsia e sim com muita cautela.

São algumas ponderações, que faço ao amigo e tenho de dizer que acerta na maioria das vezes e sem o conhecimento da arte milenar e nem estudo dos grandes pensadores do passado. Sem um estudo aprofundado da psicologia humana e só percebendo naturalmente a alma do homem pela sua magnitude de líder e peculiaridade, que lhe é nata.

Bruno Calil Fonseca – é vice prefeito de Itaberaí-GO – 2009/2012

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