segunda-feira, abril 26, 2010

Como vencer uma eleição sem gostar realmente do povo?!


Certamente é uma pergunta sem resposta e no mínimo uma assertiva mensurável. A história não é feita unicamente de documentos escritos gravados em imagens, que permitem a perpetuação das fantasias e das diversidades das pessoas. Nas mentes das pessoas vão gravando filmes da realidade e do momento atual e por ouvir dizer.

Ser líder é influenciar pessoas para pensar e agir da forma como o líder quer. É ter controle da situação para garantir resultados esperados. No mundo corporativo é assim que funciona sempre. Mas no mundo político não funciona bem assim!

Pessoas que vieram de berços de ouro e a vida sempre foi mais fácil para elas são as pessoas, que usam o povo somente para trabalhar para si como mão de obra remunerável e/ou massa de manobra. O seu conhecimento com os mais pobres é feito com poucas informações, com excesso de preconceito e dominando atitudes francas e grosseiras. Os pobres são, para eles, os sujos, os doentes, os mal educados, os criminosos, os ignorantes a massa...

Sempre os considera desiguais atentando ao fato de serem desprovidos de cultura, perfume, indumentária apropriada e outros legados. Na visão do todo poderoso, que odeia o povo, pois, estes são inferiores diferentes. É certo que estes sentimentos são mantidos escondidos, não são revelados a não ser para aqueles que pensam igualmente, ou seja, a turma que corteja.

A maioria da vezes um partido encontra dificuldades para conseguir bons candidatos, pelas mais diferentes razões. Nesses casos, não se pode contar com os melhores nomes, e torna-se necessário recorrer aos mais dispostos e disponíveis. Que na grande maioria são políticos inexperientes, mas bem sucedidos nos seus empreendimentos profissionais.

E por vez o partido não tem recursos para bancar a campanha, dependendo, então, de alguém com suficientes meios para banca lá.

Razões nos assistem que por uma dessas, ou ainda por outras razões, peculiares eleições, se dão em um ambiente hostil e dá a oportunidade aos poderes da águia e dá a oportunidade a um candidato que não gosta do povo e que nutre sérios preconceitos contra os mais pobres.

Os que não perceberam logo vão descobrir no correr da campanha, pela aversão que opõe a buscar voto nas vilas populares, seu manifesto mal estar quando conseguem que ele as visite, sua pressa em finalizar logo a programação, e, por outro lado, o contentamento que demonstra, quando está fazendo campanha junto aos setores sociais de renda e status mais alto. O indicador mais eloqüente desse tipo de candidato é seu aborrecimento ao contato físico com o eleitor - o abraço, segurar a criança no colo, o aperto de mãos. Do seu ponto de vista, quem deve conseguir os votos nessas áreas é o partido, seus candidatos a vereador e a deputado. A ele compete fazer os discursos, falar na TV ou rádio, presidir reuniões. Parece que conheço uns poucos assim com este estilo!

Seu anseio eleitoral reside na suposta ascendência que se auto-atribui, e não na popularidade. Acostumado a decidir e mandar parece-lhe razoável e natural que seja escolhido pelos eleitores para a função de liderança política da comunidade. Este é um candidato muito pesado de carregar e, naturalmente predestinado ao fim de eleição de muito gasto financeiro e baixa densidade eleitoral.

O candidato empresário está na a idéia para atrair, para a disputa política, profissionais de sucesso na atividade privada, ainda que sem tradição partidária e sem experiência eleitoral. Tem uma turma, que em política partidária conhecidos de “lua preta”, pois, não tem votos e usam de seu poder de influencia e manipulam as jogadas... Batem palmas e dão palpites e põem o pobre empresário na baila, pensam somente no dinheiro de bancar a eleição e os seus luxos momentâneos.

Pensam que a baixa densidade eleitoral, seria compensada por qualidades, sobretudo na auréola social, a competência pessoal nos negócios, a capacidade administrativa, uma visão mais moderna, e a bela capacidade de financiar a campanha.

Na verdade, o único atributo que essa pessoa pode trazer para a campanha, para compensar suas carências políticas, é seu poder pessoal e de relações para financiá-la. Isto não é pouco em disputa eleitoreiro. Mas também está longe de ser suficiente, para o sucesso eleitoral. Há exceções a essa regra bem como no que se diz respeito àquelas pessoas que, no exercício de suas profissões, dedicam boa parte do seu tempo, para atender gratuitamente pessoas pobres e carentes, ou que, pela natureza de seu trabalho, estão em contato diário com a maioria da população, como os advogados, médicos, profissionais de rádio e TV. Nestes casos, as carências políticas apontadas são substituídas, pelo eleitor, pelos atributos positivos que conferem ao seu exercício profissional.

Existem ainda aqueles casos em que o empresário escolhido como candidato, possui uma autêntica aptidão política, não encontrando dificuldade em transitar, da esfera dos negócios privados, para os da política. Fora estas possibilidades, o candidato-empresário dificilmente será páreo para seus adversários do mundo da política. Além de ser, ou desconhecido da massa do eleitorado, ou muito conhecido pelas razões politicamente negativas (rico, patrão, explorador etc), ele deverá "bater de frente" com o mundo da política e sua cultura tão característica.

Habituado a exigir de seus empregados números precisos e informações detalhadas, vai se aborrecer com a imprecisão e as incertezas dos seus auxiliares políticos; acostumado com as linhas simples de hierarquia e comando de sua empresa, vai se indignar com a atmosfera permanente de transação, negociações, e concessões, por meio das quais as decisões são tomadas; treinado para dizer sempre seu pensamento, vai se irritar com o fato de que será solicitado a dizer o que os outros querem ouvir, muito mais do que o que ele deseja dizer.

Estes são alguns modelos de choque entre cultura empresarial e cultura da política. Agora nas áreas de planejamento, orçamento, administração do tempo, processo decisório, formas de pensar, dinâmica das reuniões ai sim a coisa muda e muito.

Agora com segurança posso afirmar que é quase impossível vencer uma eleição sem gostar do povo. O povo merece muito mais, merece amor, carinho,atenção além é claro da amizade verdadeira e em especial aqueles, que recebem os pobres em suas casas.

Bruno Calil Fonseca é presidente do PSC de Itaberaí.

Um comentário:

Anônimo disse...

Vixe... até hoje no recalque?
Francamente ne... o que passou passou...
hehehehehe
E NAO VOLTA MAIS!
KKKKKKKK

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