sexta-feira, janeiro 01, 2010

Alcides descarta apoio a tucano

Em entrevista ao Bom dia, Goiás, Governador escancara racha na base e até ironiza senador do PSDB

Fabiana Pulcineli

O ano de 2009 termina com a certeza no meio político de que não há chances de reconciliação entre PP e PSDB para a sucessão de outubro. Em entrevista a exatamente um ano do fim de seu mandato, ao Bom Dia, Goiás, da TV Anhanguera, o governador Alcides Rodrigues (PP) escancarou ontem o racha na base e afastou a possibilidade de apoio ao senador Marconi Perillo (PSDB), até ironizando ao lembrar que o tucano tem mais quatro anos de mandato.

Alcides afirmou que “na hora oportuna” vai revelar os episódios que provocaram o distanciamento entre ele e o senador. Embora as divergências tenham se iniciado em 2007, no primeiro ano do novo mandato do pepista, foi neste ano que o governador passou a deixar clara sua intenção de romper com o PSDB e buscar uma candidatura em aliança entre PP, DEM, PR, PSB e PTN.

“Na hora oportuna, certamente irei me manifestar com relação a alguns episódios que culminaram com esse distanciamento político”, disse. O repórter Murilo Santos perguntou se são muitos episódios e se há mágoas por parte do governador. “Não quero fazer nenhum comentário agora. O que quero ressaltar é que estamos defendendo um projeto para Goiás e daí temos a discussão com outras lideranças políticas que comungam com o mesmo propósito”, respondeu Alcides.

O repórter perguntou, então, se é impossível ver o governador este ano pedindo votos a Marconi, que é pré-candidato ao governo. “Não existe nada impossível nesse mundo. Mas hoje todas as evidências e todas as condições estão levando para que nós tenhamos uma candidatura. Aliás, o senador tem mais quatro anos no Senado, não é? Quem sabe ele resolva cumprir os quatro anos lá. Seria mais uma pessoa a defender os interesses de Goiás no Senado, sem dúvida nenhuma”, ironizou o governador.

Alcides disse que as conversas com os partidos governistas estão bastante adiantadas e que a escolha de um nome, no momento, não é importante. “Todos estão caminhando na mesma direção. O nome que vai disputar, neste momento, é até irrelevante. O importante é a participação de todos na defesa desse projeto para Goiás.”

O governador voltou a destacar que a chamada nova frente tem vários nomes à disposição. São cotados para a disputa os deputados federais Ronaldo Caiado (DEM) e Sandro Mabel (PR) – ambos presidentes dos partidos em Goiás – e os secretários Jorcelino Braga (Fazenda) e Ernesto Roller (Segurança Pública), ambos pepistas.

“Isso é muito positivo. Alguns não pensavam que poderia existir uma candidatura (do governo) e que seria forte. Temos inúmeras pessoas que são importantes politicamente em Goiás, têm força, expressão e qualificação. Isso é muito bom”, afirmou.

O governador disse não se arrepender de ter participado do chamado tempo novo, que elegeu Marconi e Alcides na vice em 1998 e 2002 e o pepista em 2006. “Eu não tenho nenhum arrependimento na vida. Tudo que enfrentei foi com luta, enfrentando desafios, a todo dia, a todo momento. Não fiz nada que a minha consciência me deixe intranquilo. Pelo contrário, estou tranquilo, sereno, e trabalhando com disposição muito grande para que possamos fazer com que o Estado cresça cada vez mais.”

Murilo Santos questionou se a vaidade está entre os motivos que provocaram o racha na base governista. Alcides voltou a reclamar de pessoas que “gostam de holofotes”, mas negou que isso tenha sido fator decisivo para o rompimento. “Não diria que isso foi preponderante. Mas a verdade é que alguns gostam de aparecer mais que outros, gostam muito de holofotes. Alguns gostam muito, pagam caro para estar presente a todo momento. E outros são mais arredios. Tem pessoas que têm um deslumbramento exacerbado com o poder, um excesso de vaidade. A pessoa tem de ser autêntica, ocupando ou não cargo público”, disse, em tom de desabafo.

O governador voltou a dizer que ainda não decidiu sobre seu futuro. Ele tem até 31 de março para decidir se disputa cargo eletivo. O calendário eleitoral determina a renúncia do governador caso tenha pretensão de disputar as eleições. Alcides vem repetindo que não está preocupado com projeto pessoal e que vai decidir só no prazo final.

Entre aliados, as apostas são de que o governador cumprirá o mandato até o final, podendo pleitear uma cadeira no Tribunal de Contas do Estado (TCE) no fim do ano. A entrevista foi concedida no Palácio das Esmeraldas e teve dois blocos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Mas que INVEJA vc tem do Marconi em filho????
Tire primeiro a trave do teu olho pra depois tentar tirar o arqueiro do olho do outro...

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