segunda-feira, maio 18, 2009

Escolha de candidatos em lista fechada é golpe mortal na democracia.

Está se anunciando um movimento contra os eleitores e contra a soberania popular, tentando instituindo o voto em listas fechadas para deputados federais e estaduais e para vereadores, votar sem saber a individualização.

A informação antecipada é poder. E os deputados não estavam nem um pouco interessados em que os eleitores tivessem acesso a informações.

Mas um bocado de gente se esforçou para estragar a tentativa de golpe dos deputados.

Jornalistas, cientistas e analistas políticos, deputados e senadores que são contra este golpe passaram os últimos dias explicando, na vã tentativa de explicar o óbvio.

No Brasil pratica um tipo muito característico de voto proporcional. Lista aberta, ou seja, o eleitor escolhe seu candidato. Resultado: o eleitor vota num candidato honestíssimo... e seu voto pode servir para eleger um bandido. O eleitor brasileiro não tem a menor idéia de quem foi eleito com o seu voto.

A vontade do eleitor é inteiramente desrespeitada. A distância entre o representado e o representante é cada vez mais distante. O sistema eleitoral brasileiro deixou de reproduzir suas virtudes, reproduz apenas seus defeitos. E a resposta aos escândalos, qual é? O voto em lista fechada, para garantir a reeleição! Vamos lembrar: na lista fechada, o eleitor não vota em um candidato, mas numa lista partidária. É o que conhecemos hoje como voto de legenda.

Se o partido ou a coligação fizerem votos necessários para eleger, digamos 10 deputados num determinado estado, os 10 primeiros da lista estão eleitos.

Isto significa que acaba a renovação, fortalece-se o poder dos caciques partidários, da turma que controla o aparelho dos partidos. E também dos atuais deputados e vereadores. Adeus, renovação e sangue novo e com espírito de revolução.

Com o voto em lista fechada, os bons deputados servirão apenas para arregimentar votos e ajudando a fechar a lista de candidatos.

Deste modo os eleitos deverão pouco a sociedade e aos eleitores, que votaram na lista, pois, não houve o voto direto e sim a escolha de candidatos em lista fechada é golpe certeiro na democracia.

O voto distrital, quiçá seria a melhor saída no momento, pois, os candidatos teriam que mostrar sua cara, dialogar diretamente com o eleitor e, uma vez eleitos, teriam que andar na linha e prestar contas do exercício do seu mandato.

Como o eleitor saberia perfeitamente quem foi eleito e quem não foi à cobrança ficaria mais fácil. Temos de acompanhar os lances e verificar os interesses e desinteresses da classe política apta a decidir o rumo do Brasil para as próximas eleições.

Cabe a aprovação em primeira votação a Câmara Federal, que faz a dissecação do projeto apresentado e esgotando ai as discussões em torno da matéria. E agora assistimos pasmos a discussão do voto fechado e em lista partidária.

Acho que seria um golpe mortal na democracia, pois, o voto direto secreto e universal tem de ser conquistado pelo trabalho e a transparência de vida do candidato.

Bruno Calil Fonseca é vice prefeito de Itaberaí-GO - 2009/2.012

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