DISCRIMINAÇÃO NA VIDA!

Atualmente vem ganhando consistência, nos últimos tempos, discussão a respeito da necessidade urgente de estabelecer medidas de ação afirmativa como forma de favorecer a inclusão social. Diversos grupos tidos como vulneráveis, e que não são necessariamente considerados como classes desfavorecidas: negros, mulheres, homossexuais etc.

Este bate-boca mantém em cena um tema preocupante e grave dentro das relações jurídicas, que é o da discriminação. Em se falando de matéria trabalhista, a discriminação atinge o trabalhador, a questão atinge contornos ainda mais graves, pois nessas relações trabalha-se com a noção deficiência do dependente que presta os serviços, presumindo, que quase sempre corresponde à realidade a sua inferioridade econômica em relação ao tomador dos serviços.

É que está claro que fatos desse tipo continuam ocorrendo todos os dias, sendo necessário que tenhamos a consciência de que, enquanto estivermos, mais uma vez e todos os dias, enganando-nos, e não visualizando corretamente o momento e desta forma, nada de concreto para diminuir a exclusão de pessoas e grupos ocorrerá.

Isso, porém, é fato que não se pode diminuir ao plano particular. A tarefa é bem maior; passa pela conscientização da população, e a responsabilidade é do Estado, da sociedade, principalmente da sociedade organizada, por meio de todas as entidades e pessoas que possam, efetivamente, influenciar na adoção de um novo caminho, que se afaste da intolerância e busque a inclusão, em todas as suas nuances.

Assim teremos uma vida sem discriminação e de inclusão social real e sem pragmatismos arcaicos com formação de uma sociedade com vícios e erros de vivência. Temos de superar várias etapas e sem queimar a largada vamos chegar a um final feliz.

Bruno Calil Fonseca é advogado em Itaberaí-GO.