sexta-feira, outubro 05, 2007

AINDA NÃO EXISTE A MODALIDADE DE SERVIR, AO MESMO TEMPO, ÀS PAIXÕES E AOS INTERESSES COMEZINHOS DA POLÍTICA.

O ser humano sendo um ser político deve sempre cuidar das reações emocionais e improvisadas. Lembre-se que uma declaração infeliz, por exemplo, poderá ser explorada pelos adversários pelo resto da sua carreira política. Por outro lado não se faz política sem paixão nem se conquista o poder com ações comandadas pela paixão. Estas duas afirmações são verdadeiras e se constituem em clássicas advertências feitas pelos cientistas políticos desde a mais remota antiguidade. A política, sobretudo a eleição, é, inevitavelmente, passional.

A querela pelo poder se concentra de maneira intensa no período da campanha eleitoral, é uma corrida pela aprovação do eleitor. O que torna a política um processo passional:
A disputa pelo poder, concentrada de maneira intensa no breve período da campanha eleitoral; O desfecho desta disputa, com as bênçãos da vitória ou o amargor da derrota; A competição acontece numa arena pública, isto é, tanto os lances como os resultados finais são do conhecimento de todos os eleitores; Os valores que estão em jogo, a imagem, a reputação, os sacrifícios pessoais e familiares, as ambições e os investimentos de tempo e recursos já feitos.

O candidato deve tomar consciência desta realidade antes de decidir disputar a eleição, porque, a partir do momento em que começar a competição, viverá um conflito permanente entre seus interesses e seus sentimentos. Raras serão as oportunidades em que a expressão eloqüente de seus mais íntimos sentimentos será vantajosa para a realização dos seus objetivos políticos. Na imensa maioria dos casos vai prejudicá-los ou até mesmo inviabilizá-los. O objetivo de uma campanha eleitoral, nunca é demais recordar, por mais óbvio que seja, é a vitória, e não a satisfação de um sentimento pessoal, por mais legítimo e autêntico que seja. A vitória, por outro lado, é o resultado final de uma estratégia vencedora, concebida e executada com disciplina, inteligência e método. Estratégia sempre significa a escolha dos meios mais eficientes e dos procedimentos mais adequados para alcançar um objetivo. A campanha, ao executar um plano estratégico, segue um curso de ação que foi fixado racionalmente, ao quais os sentimentos, as emoções e as paixões devem se subordinar. Isto não significa que numa campanha, ou mesmo na vida política, não há espaço para os sentimentos. E sim que o candidato ou legislador deve ser capaz de avaliar, a cada momento, as conseqüências de ceder às suas paixões em relação aos seus interesses. O político deve ter a sua “câmara de compensação de sentimentos”, no interior da qual ele poderá, com toda a liberdade, dar vazão às suas emoções.
Para o candidato ou legislador, esta situação de conflito latente entre seus sentimentos e seus interesses pode assumir características pessoalmente dramáticas. O que ele não deve nunca esquecer é que a vitória sempre será o castigo mais duro imposto...
Fantástica é uma vitória imprevista, quando só esperávamos derrota! Bruno Calil Fonseca

Bruno Calil Fonseca
É advogado em Itaberaí-GO.
www.brunocalil.com.br

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