PMDB vai retomar discurso de oposição e não se responsabiliza pelo governo Alcides Goiás vai assistir, começa a assistir, duas guerras eleitorais. A disputa pelo governo em si é a batalha mais visível e, naturalmente, mais importante. Mas há outra, menos visível, mais igualmente importante: quem vai adotar o discurso de oposição e qual será o resultado disto? Pesquisadores gabaritados, como os sociólogos Antônio Lavareda e Alberto Carlos de Almeida, dizem que um governador bem avaliado tende a se reeleger ou então a fazer o sucessor. A popularidade do governador Alcides Rodrigues (PP) está melhorando, de modo consistente, mas ainda não atingiu os 50%. Porque só contam, em termos de aprovação, ótimo e bom. Regular só é visto como aprovação em... Goiás. Se passar dos 50%, tenderá a influenciar o pleito, favorecendo seu candidato a governador, Vanderlan Vieira Cardoso (PR). Alcides aposta que vai ser decisivo em outubro. No PSDB e no PMDB, o debate é o seguinte: qual deve ser o discurso de seus candidatos a governador? O PMDB avalia que o discurso deve ser de oposição “a tudo”, ou seja, a Alcides e a Marconi Perillo, porque aquele seria produto deste. Entretanto, como a eleição pode ser decidida no segundo turno, teme-se que, uma vez criticado, Alcides se mantenha neutro e não apoie Iris. Entretanto, se mantiver um discurso ameno em relação ao governo Alcides, o PMDB passará a impressão de que o apoia. Marconi, pelo contrário, pode assumir, a partir do início de julho, um discurso de oposição 100% (porque não acredita que terá o apoio de Alcides no segundo turno). Poderá argumentar que contribuiu para eleger Alcides, mas não se sente responsável por seu governo. Para tanto, o tucanato está reunindo o máximo de fotografias de Iris e Alcides juntos. Uma das teses do PMDB, de que Goiás estagnou, visa atingir mais Marconi, mas atinge frontalmente Alcides. É uma situação complicada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário