segunda-feira, julho 07, 2008

HÁ MAIS SEGREDOS ENTRE O CÉU E A TERRA DO QUE O HOMEM POSSA IMAGINAR EM SUA VÃ FILOSOFIA

O governante é, como qualquer outro homem, um ser dotado de sentimentos como: paixões, impulsos, desejos, medos, vaidade, insegurança, ódios, etc. Sentimentos, na cultura ocidental, têm sido tradicionalmente identificados com o coração, por oposição ao raciocínio, que é identificado com o cérebro, com a cabeça.

Frase famosa de Pascal define a polaridade entre coração, cabeça, sentimento e racionalidade.

Esta polaridade coração, cabeça e sentimento, racionalidade está, na nossa cultura, no centro da concepção do ser humano. Veja-se como exemplo de sua importância à clássica frase de Pascal: "Le coeur a des raisons que la raison ne connait point". “O coração tem razões que a razão não conhece”; outra frase de impacto e usual para o momento seria a de William Shakespeare “Há mais entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia”.

Maquiavel é descreve sempre em sua obra o dever do "príncipe" de subordinar sempre seus sentimentos em favor de um curso de ação racional, voltado para a conquista ou manutenção do poder.

O sentimento é uma força muito poderosa na política, que nunca pode ser subestimada. Entretanto, é como uma "força da natureza", mais eficiente para destruir do que para construir. Além disso, é uma força com rumos imprevisíveis, porque cambiantes. Portanto, "cavalgar" um sentimento pode levar um líder à glória, hoje, e empurrá-lo para a desgraça, amanhã. Esta força da natureza deve, pois, ser tratada com extremo cuidado na política.

Na condição de "usar" o sentimento para a realização de um objetivo político é o "homem de estado", no dizer de Napoleão, saber equilibrá-lo com a racionalidade no seu interior. Por isso, a inversão proposta: "o coração de um homem de estado deve estar na sua cabeça".

Por trás da advertência contida nesta máxima, repetida, como se disse de tantas formas diferentes, mas sempre com igual significado, está o princípio de que o "homem de estado", o político, o governante, é um ser humano diferente. Diferentemente do ser humano comum, ele não poderá permitir que os seus sentimentos de pólos positivos ou negativos se sobreponham ao objetivo político racionalmente definido. As razões de estado estarão sempre em conflito latente ou aberto com as razões individuais.

O ser humano comum pode dar livre vazão aos seus sentimentos e até mesmo agir por eles guiado. O "homem de estado o empresário" não pode se dar ao luxo destas concessões aos seus sentimentos, a ponto de inviabilizar os objetivos coletivos. Quando o faz, liberando seus sentimentos negativos, torna-se um déspota, um tirano; quando o faz liberando os sentimentos positivos, torna-se um governante fraco, incapaz de governar.

O poder de um homem sobre outros homens é um "estigma". Não nos devem iludir os aspectos triunfalistas e cerimoniais que cercam a autoridade. O poder de um homem sobre outros é sempre odioso. Ele só é aceito por ser absolutamente necessário para a vida social. Ele só é reconhecido porque os homens constroem justificativas teorias e ideologias.

Nunca será possível satisfazer a todos por igual, e mais ainda, que o mais das vezes alguns serão mais prejudicados que outros para viabilizar o objetivo buscado.

E destes objetivos buscamos nesta eleição de 2008. Objetivos que somente seriam alcançados por um governante para o qual "o seu coração estivesse localizado na sua cabeça". E com pelo menos onze boas idéias. E temos a certeza, que Itaberaí está no rumo certo!

Bruno Calil Fonseca - é presidente do PSC.

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